Aníbal Bastos
Este segredo que é nosso,
Não devo, nem posso,
A ninguém contar!
Faz parte das nossas vidas,
Adormecidas!
Vou-o guardar!
Quando oiço alguém falar
E até contar,
Algo de nós!
Não oiço senão mentiras,
Ao som das liras,
Com “rés” sem “dós”!
Segredo que é um fado,
Amordaçado
Que ninguém canta!
Fado que a si se renega,
Não se entrega,
A qualquer garganta!
Só deixa de ser segredo,
Quando a medo,
O nosso olhar,
Se cruza e, então desvenda,
A nossa lenda,
No verbo amar!
A luz que deles irradia,
Tem a magia,
De encantar!
E nesses breves instantes,
Somos amantes,
Só no olhar!
Porque assim o quisemos
E escondemos,
Como a medo!
E um grande e puro amor,
Tornou-se dor,
E num segredo!
A. Bastos (Júnior)
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