Ereni Wink
Tu, que és a minha burguesa preferida,
Tens sabor de uma framboesa perdida
Nos sonhos tão sentidos do real da vida
Minha, em que tu és doce, como cerzida
Em minha sensações, ah... burguesa linda...
Cerzida na dor de que certeza é finda...
Hoje, mulher do cabelo que, melindra
Sou framboesa de querê-los ainda
Como a maçã roxa de tua boca ungida
Na minha, também. Mulher, é oca e fingida
A minha vida, é louça em cacos partida
É suja, e onde não passas, triste avenida
Fotografia tua então em minha cabeça
Numa vertical ao horizonte estavas
E o teu cabelo, num multicor a beça
Era crepúsculo que o céu avermelhava
Todo o momento luz de vida tua engessa
Em mim impressões de quente lava
Que transigem em mim e fazem que esqueça
As metas de estudante só em que sonhava.
João Paulo Cerqueira de Carvalho
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