A frieza do meu sangue me comove,
O embrulho do estomago, misturado à dor de um possível arrependimento assustam mais que um futuro incerto,
que parece previsto e escrito, e não está longe, por certo.
Me assusto como um animal acuado.
Lágrimas escorrem dos meus olhos como um caldo de seringueira em plena produção,
Nesse momento meu único pensamento é a libertação,
O descarrego dos ombros é uma esperança, e a dureza das pernas uma realidade,
me prendo a pensamentos e lembranças que nem conheço mais.
Não quero, nego minha condição,
Não tenho mais sonhos, sou outro,
Minha vontade é sair da gravidade e levitar,
Leve como um balão e potente como uma turbina.
A necessidade me trouxe aqui.
Provo a mim mesmo,
Não me esqueço quem sou, de onde vim, onde nasci,
O passado está presente e o futuro, só a Ele pertence
- 20.04.2004
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